sábado, 29 de agosto de 2015

1968 - Ilha de Wight Festival - Inglaterra 02


2006


Foo Fighters - Isle Of Wight Festival (2006)




2007


O festival foi retomado no início desse século, mas sem o mesmo brilho. O maior destaque das novas edições do Isle of Wight foi o grandioso show dos ROLLING STONES, neste ano. Fora isso, nunca mais aquela ilhota recebera shows com a magia característica de fins dos anos 1960 e início dos 70.

Isle of Wight Festival 2007 (part 1 of 3)




2008


Esta edição foi realizada e nada foi comentado. Passou em branco, mas tem a lista de filmes (Playlist)

Isle of Wight Festival 2008 - Live





2009


Neil Young, A day in the life, IOW 2009




2010


No caso do festival de música, a organização impressiona. São dezenas e dezenas de barraquinhas que servem uma variedade extensa de comida (indiana, japonesa, mexicana, tailandesa, italiana, vegetariana, hambúrguer de carne de avestruz e muito mais), cerveja, vinho, roupas, chá, chocolate quente, doces, sorvetes, badulaques e tudo o mais, sem contar o parque de diversões que é montado no meio do evento para alegria dos aventureiros (uma bola de bungee jump era particularmente assustadora) e dos saudosistas (tinha até carrinho bate-bate).

A maioria das 50 mil pessoas que congestionaram os ferries na travessia de Southampton para a Ilha de Wight o fez para acampar no festival, uma coisa tão inglesa quanto o carnaval para os brasileiros.

O festival acontece em um parque nos arredores de Newport, principal cidade da ilha, e parece ser feito especialmente para quem lota os campings, e pode dar uma boa caminhada para ver seu artista preferido na hora que quiser e depois voltar pra “casinha”. Os shows começam às 11h da manhã e seguem até meia noite numa extensa maratona. São dois grandes palcos (o menor deles numa tenda), um palco acústico e algumas tendas eletrônicas (que funcionam na madrugada para os corajosos, que são muitos).

A programação 2010 começou na sexta com shows de Florence + The Machine, Doves, Calvin Harris e Jay-Z (queridinho da liga de festivais europeus), entre outros, no sábado se apresentou Ezra Koening cantando Vampire Weekend para seu já tradicional grande show, a banda cresceu e convence também em um grande palco. As músicas “Horchata” foi cool, mas “Cousins”, “Walcout”, “A-Punk”, “Oxford Comma” e “Cape Cod Kwassa Kwassa” foram celebrativas.

O Blondie, na seqüência, mostrou boas canções recentes e alguns clássicos antigos. A musa Debbie Harry está bem diferente do show do Personal Fest, em 2004, parecendo mais um robô estático no palco do que a deusa de toda uma geração. Um simples movimento de cabeça puxa outras parte do corpo (será culpa das cirurgias plásticas?), e a cena toda é bem estranha. A voz faltou em “Call Me”, mas as versões de “One Way Or Another” e “Heart of Glass” (que eles não tocaram em Buenos Aires) honraram o mito. Ela deixou o palco recomendando: “Não façam nada que eu não faria”.

Na posição de headliners, o Strokes fechou a segunda noite com um show quilômetros à frente da apresentação mediana que fez em São Paulo, no Tim Festival, anos atrás. A banda evoluiu muito, e Julian Casablancas (bêbado ou drogado, procure vídeos no Youtube e decida) toda hora repetia o quanto era bom estar de volta. O problema é que o show foi curto (a primeira parte acabou com 13 músicas e eles fecharam a noite com 17) e não trouxe nada de novo. Os caras ficam parados dois anos e voltam fazendo o mesmo show de dois anos atrás (no meio das gravações do disco novo). Frustrante, mas ainda assim um grande show. Agora só falta aprender a usar as luzes do palco a favor…

Para o domingo, a grande atração era Sir Paul McCartney, mas o dia começou com Suzanne Vega no palco acústico fazendo um show normal, com banda. Ela tinha se apresentado no palco principal ao meio dia (será que alguém acordou para vê-la?), e a organização sabiamente a colocou também neste palco num horário decente (19h). A primeira coisa que ela fez foi agradecer a presença do público: “Obrigado por vocês estarem aqui e não no palco principal vendo a Pink”, espetou. O show começou com “Marlene on The Wall”, do primeiro álbum da cantora, e misturou canções velhas e novas em uma apresentação delicada e bonita.

Deixamos Suzanne Vega sete músicas depois (e antes do final) para tentar encontrar um bom lugar para ver Paul McCartney no palco principal, o que nos deu oportunidade de presenciar ainda três músicas da Pink (uma delas, a cover de “Roxanne”, do Police) e perceber o quanto ela é querida na Inglaterra, com todo mundo cantando/berrando junto suas canções. No bis, a cantora voltou fazendo malabarismos em uma corda sobre o imenso público. De impressionar. A música não diz muita coisa, mas a moça tem um pique no palco de causar inveja. O show terminou com rojões e cortina de fumaça. Bonito.

Para fechar a terceira noite, e o festival, Sir Paul McCartney. O show começou morno (com “Venus And Mars/Rock Show” e “Jet”), mas nada como uma canção dos Beatles para colocar as coisas no lugar, função cumprida por “All My Loving” (com direito ao famoso baixo Hofner). “Letting Go” foi dedicada a John Lennon, e “Let Me Roll It” serviu para Paul mostrar seus dotes de guitarrista, citar “Purple Haze” no solo, e contar uma história ao final. “O disco “Sargeant Peppers” foi lançado numa sexta-feira em Londres. No domingo, Jimi tocou a música em um show em Londres. Foi sensacional. Jimi, essa música que toquei foi pra você”.

Logo mais, Paul assumiu a guitarra de novo, e explicou: “Essa eu toco guitarra porque fui eu quem gravei a guitarra nessa canção”. E surge “Blackbird”, linda. “Dance Tonight”, uma das canções recentes, faz bonito na noite, mas o grande momento, logo após a alma se arrepiar com “Eleanor Rigby” foi… “Something”, uma canção beatle que não é dele. Paul surge no palco com um ukelele, e diz: “George adorava tocar esse instrumento”, e sozinho começa a música, com o palco todo apagado, de forma acústica. Quando a banda entra na segunda parte da canção, o palco se acende e o telão revela dezenas de fotos de George Harrison, para delírio do público. Emocionante.

O trecho final é simplesmente arrasador. Começa com uma grande versão de “Band on The Run”, e segue com “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, “Back in the U.S.S.R.”, “Paperback Writer” e “Let It Be”, todas em versões perfeitas. Em “Live and Let Die”, canhões de fogo aquecem o palco, mas nem precisava, tamanha a excelência da canção. “Hey Jude” fecha o show com 50 mil pessoas fazendo o coro do final por quase 10 minutos. A banda volta para o bis, e não economiza: primeiro vem “Day Tripper”, depois “Get Back” e “Yesterday”. Quando o riff de guitarra anuncia “Helter Skelter”, o céu parece que vai desmoronar. “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band (reprise) / The End” encerram uma noite inesquecível.

Acabou? Quase. Os alto falantes anunciam o fim do festival (embora o grupo britânico James ainda estivesse tocando na segunda tenda) despejando em alto e bom som a clássica versão de Jimi Hendrix para “All Along the Watchtower”, gravada na Ilha de Wight em 31 de agosto de 1970 (dezoito dias antes da morte do guitarrista). Ao mesmo tempo, o céu vira um colorido de fogos e rojões que duram os quase seis minutos da canção num fechamento simbólico comovente. O Festival da Ilha de Wight celebra o fim da edição 2010 com muito estilo.

Set list dos Strokes


1. New York City Cops
2. The Modern Age
3. Hard To Explain
4. Reptilia
5. What Ever Happened?
6. You Only Live Once
7. Soma
8. Vision of Division
9. I Can’t Win
10. Is This It
11. Someday
12. Red Light
13. Last Nite
14. Encore:
14. Juicebox
15. Under Control
16. Heart In A Cage
17. Take It Or Leave It



Set List de Paul McCartney


1. Venus And Mars/Rock Show
2. Jet
3. All My Loving
4. Letting Go
5. Let Me Roll It / Purple Haze
6. The Long and Winding Road
7. Nineteen Hundred And Eighty Five
8. I’m Looking Through You
9. Blackbird
10. Here Today
11. Dance Tonight
12. Mrs Vandebilt
13. Eleanor Rigby
14. Something
15. Sing the Changes
16. Band on the Run
17. Ob-La-Di, Ob-La-Da
18. Back in the U.S.S.R.
19. Paperback Writer
20. Let It Be
21. Live and Let Die
22. Hey Jude
23. Encore:
23. Day Tripper
24. Get Back
25. Yesterday
26. Helter Skelter
27. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band / The End


Paul McCartney Live and Let Die Helter Skelter Isle of Wight  e outras  na playlist em 2010




2011


Isle of Wight - Festival 2011 Highlights




2012


Isle of Wight Festival 2012 Highlights




2013


Isle of Wight Festival 2013 Highlights




2014


Nesta edição apresentaram-se Biffy Clyro, Calvin Harris, Red Hot Chilli Peppers e Kings of Leon.

David Bowie para afogar as mágoas

Neste ano, na terceira edição do novo Isle of Wight, a atmosfera de música do festival foi trocada pela do futebol. No domingo à tarde, a Inglaterra estava jogando contra a França pela Eurocopa e a partida era mostrada nos telões espalhados pela ilha, o que fez a platéia esquecer dos shows que aconteciam ao redor. O clima ficou pesado quando a Inglaterra perdeu nos últimos minutos por 2 a 1 com um gol de Zidane. Entretanto, assim que David Bowie subiu ao palco, o público voltou a se animar.

Isle of Wight Festival 2014 Highlights




2015


O Isle of Wight 2015 está acontecendo entre os dias 11 e 14 de junho. Não perca o ano que vem, lógico que continuará, nesta mesma época.

YouTube Artists performing live - Isle of Wight Festival 2015




Em doze anos, o evento já teve headliners como Paul McCartney, Rolling Stones, The Police, Coldplay, Neil Young, Sex Pistols, REM, David Bowie, The Who e Robert Plant.


Fontes: 
Vírgula UOL
Top 10 mais
Screamyell
Diário do Litoral
Whiplash


Veja o próximo festival: 1968 - Summerfest - Milwaukee - USA
ou
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