domingo, 30 de março de 2014

007-08 Ambient House


Tem suas raízes em dois gêneros bem distintos que têm um ponto em comum: o aproveitamento de sons não-musicais. Um deles é a "música de programa", gênero erudito surgido no século XIX e dedicado a expressar apenas sentimentos explicitamente, sem tentar sugeri-los; exemplos são os canhões da "Abertura 1812" de Tchaikovsky,

 as flautas imitando passarinhos em "No Jardim De Um Mosteiro" de Ketelbey,
(com Orquestra)


(apenas com piano)

 ou pelo menos títulos evocativos da literatura ("Sinfonia Fausto" de Liszt),

 da geografia ("Finlândia" de Sibelius)

 ou mesmo fantástica, como uma pintura musical ("Reflexões Na Água" de Debussy).

 (Concordo com Mário de Andrade, que considera quase toda a música de programa uma "desgraça", por chamar atenção menos para a música em si que para estes efeitos engraçadinhos, "a música onde-está-o-gato?", só livrando a cara de Debussy, Shumann e Chopin.) O outro gênero, menos brega; é o chamado "muzak" ou "música de elevador"). A Muzak, Ltd. foi a grande motivação para que o roqueiro experimental inglês Brian Eno (nasc 1948) criasse em 1975 a "ambientmusic", destinada a participar ativamente do ambiente e não ser mero "papel de parede musical", com discos como "Music For Airports"

e "Ambient 4 On Land".

 E finalmente em 1990 os grupos ingleses The Orbe KLF

 tornou-se o grande nome da "ambient house", definida por alguns como "house sem bateria", perfeita para ouvir não dançando, mas sim relaxadão, geralmente sob efeito de algum elemento químico. A ambient house combina harmonias da house, efeitos de guitarra do noise e sonoridades do Pink Floyd dos anos 70.



No próximo post você verá Independentes...


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